Força muscular respiratória é marcantemente reduzida em mulheres obesas mórbidas

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Viviane Castello
Rodrigo Polaquini Simões
Daniela Bassi
Renata Gonçalves Mendes
Audrey Borghi-Silva

Resumo

Objetivos: Comparar a força muscular respiratória (FMR) entre obesas mórbidas com mulheres eutróficas da mesma faixa etária. Método: Foram avaliadas doze mulheres obesas mórbidas (média de idade de 26 ± 5 anos e IMC – índice de massa corpórea de 47 ± 6 kg/m2) e doze mulheres eutróficas (27 ± 4 anos e IMC de 24 ± 2 kg/m2). Em ambos os grupos, foram realizadas as medidas antropométricas e testada a FMR com um manovacuômetro (Gerar MVD300) sendo obtidas as pressões inspiratória máxima (PImax) e expiratória máxima (PEmax). As voluntárias foram previamente instruídas quanto à realização correta das manobras, permanecendo sentadas e usando um clipe nasal. A PImax foi obtida a partir do volume residual e a PEmax a partir da capacidade pulmonar total. O teste t de Student não pareado foi utilizado para comparar os valores pressóricos entre os grupos, e o teste t de Student pareado para comparar os valores obtidos com os previstos, sendo o nível de significância de 5%, para ambos os testes. Resultados: Foi verificada redução significativa tanto dos valores da PImax (74 ± 32 versus 102 ± 9 cmH2O) como da PEmax (66 ± 28 versus 107 ± 12cmH2O) no grupo de mulheres obesas em relação ao grupo de mulheres eutróficas, respectivamente. Quando comparado com os valores previstos, foi verificado que as mulheres obesas apresentaram menores valores para PImax (76% do predito) e para a PEmax (67% do predito), respectivamente. Conclusão: A força muscular respiratória parece estar prejudicada na presença de obesidade mórbida.

 

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