Eficácia da antibioticoterapia após tonsilectomia

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Ligia Araújo Borges Novais
Ana Carolina Raposo Sallum
Roberta I. D. Garcia
Susana B. Cecatto
Kátia S. Costa
Priscila Bogar Rapoport

Resumo

Tonsilectomia é uma das mais comuns e antigas cirurgias realizadas no meio otor rinolaringológico, porém até os dias atuais existem controvérsias na tentativa de minimizar a morbidade pós-operatória. Objetivamos avaliar a eficácia da antibioticoterapia na primeira semana do pós-operatório em pacientes submetidos a adenoamigdalectomia. Analisaram-se 85 pacientes submetidos a adenoamigdalectomia na Faculdade de Medicina do ABC, no ano 2000. Realizou-se estudo prospectivo com pacientes divididos aleatoriamente em 2 gr upos: grupo I (N=50) e grupo II (N=35), e administrado amoxicilina para o segundo grupo. Os parâmetros avaliados no terceiro e sétimo dias pós-operatórios incluíram: dor (medida por meio de escala subjetiva), febre e achados no exame físico (sinais flogísticos em lojas amigdalianas, edema de úvula, placas purulentas, presença de fibrina e halitose). Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por meio do teste qui-quadrado. Febre foi significativamente menos freqüente no terceiro pós-operatório e ausente no s étimo dia naqueles pacientes que utilizaram antibióticos, bem como halitose quando considerado o sétimo dia pós-operatório. Em relação aos sinais flogísticos, houve maior incidência no terceiro dia pós-operatório nos pacientes submetidos a antibioticoterapia. Os demais parâmetros estudados não apresentaram relevância estatística. Conclui-se que a antibioticoterapia mostrou-se eficaz na redução da febre bem como na halitose, porém, pela falta de subsídios suficientes, não podemos sugerir a utilização de forma rotineira.

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Referências

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