Uso da monitoração ambulatorial da pressão arterial nos distúrbios hipertensivos gestacionais

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Pâmela Fernanda Prado
Stael Silvana Bagno Eleutério da Silva

Resumo

A gravidez é um fenômeno fisiológico, mas os danos gestacionais à saúde materna e fetal podem ocorrer durante o seu progresso. Os transtornos hipertensivos gestacionais, considerados a principal causa de óbitos obstétricos diretos, são responsáveis por altas taxas de morbidade e mortalidade materna e perinatal, o que os torna um grande problema de saúde pública. Sabe-se que há diferenças significativas entre a medida casual da pressão arterial em nível domiciliar e a obtida em nível ambulatorial e/ou hospitalar. Por isso, o uso da monitoração ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é uma importante estratégia utilizada na confirmação do diagnóstico e no controle da hipertensão, pois permite a avaliação precisa da pressão arterial através de um registro sistematizado e eficiente. As pesquisas científicas confirmam a importância do uso da MAPA em relação aos transtornos hipertensivos, destacando, principalmente, sua correlação com os valores obtidos quando comparados à medida casual e à automedida residencial da pressão. Nessas circunstâncias, concluiu-se que a MAPA é uma ferramenta vantajosa no controle da pressão e para os cuidados com mulheres grávidas. A assistência prestada pelos enfermeiros obstétricos com o uso da MAPA é relevante porque minimiza a possibilidade de morte fetal e de morte materna por hipertensão, possibilitando planos de atendimento com base em níveis de pressão mais confiáveis do que a medida casual.

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Como Citar
Prado, P. F., & Silva, S. S. B. E. da. (2017). Uso da monitoração ambulatorial da pressão arterial nos distúrbios hipertensivos gestacionais. ABCS Health Sciences, 42(2). https://doi.org/10.7322/abcshs.v42i2.1011
Seção
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