Significado e considerações sobre a osteoporose por mulheres com e sem diagnóstico da doença
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Introdução: Entre pacientes diagnosticados e em tratamento para osteoporose, acredita-se que há desconhecimento geral sobre a doença. Entre os pacientes em faixa etária de risco, não diagnosticados, crê-se que o desconhecimento é maior. Objetivo: Avaliar as considerações de mulheres sobre o conceito da osteoporose e sua prevenção. Métodos: Estudo qualitativo, descritivo, realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, com 10 pacientes portadores de osteoporose, e 10 pacientes sem. A tabulação dos dados ocorreu por meio da utilização de três figuras metodológicas: ideia central, expressões chave e o discurso sujeito coletivo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos. Resultados: Dentre as pacientes com diagnóstico, destacou-se como ideias centrais a vulnerabilidade às fraturas e os conceitos de apresentação da doença como osteopenia e osteoporose. No grupo sem diagnóstico, 40% desconhecia a doença. Na prevenção, observou-se maior conhecimento no grupo portador da doença, sendo as ideias centrais destacadas: os exercícios físicos, alimentação rica em cálcio e vitamina D, além da exposição solar. Conclusão: Evidenciou-se um conhecimento limitado sobre a osteoporose e suas formas de prevenção, sobretudo no grupo sem diagnóstico, porém em faixa etária de risco. Assim, conclui-se que, tratando-se de uma doença de elevada prevalência, de altos custos orçamentários para a saúde pública, e com riscos significativos uma vez não diagnosticados e não tratada, medidas resolutivas de maior esclarecimento sobre a doença devem ser praticadas em todas as esferas da saúde pública.
Downloads
Detalhes do artigo
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma licença Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento e adaptação do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Referências
Küchemann BA. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos dilemas e novos desafios. Soc Estado. 2012;27(1):165-80. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69922012000100010
Duarte EC, Barreto SM. Transição demográfica e epidemiológica: a Epidemiologia e Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema. Epidemiol Serv Saúde. 2012;21(4):529-32. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742012000400001
Zhao R, Mengyi Z, Zhang Q. The effectiveness of combined exercise interventions for preventing postmenopausal bone loss: a systematic review and meta-analysis. J Orthop Sports Phys Ther. 2017;47(4):241-51. http://dx.doi.org/10.2519/jospt.2017.6969
Martini LA, Moura EC, Santos LC, Malta DC, Pinheiro MM. Prevalência de diagnostico auto-referido de osteoporose, Brasil, 2006. Rev Saúde Pública. 2009;43(Suppl 2):107-16. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000900014
Radominski SC, Bernardo W, Paula AP, Albergaria BH, Moreira C, Fernandes CE, et al. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Rev Bras Reumatol. 2017;57(Suppl. 2):S452-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2017.06.001
Silva MRS, Andrade SRS, Amaral WN. Fisiopatologia da osteoporose: uma revisão bibliográfica. Femina. 2015;43(6):241-4.
Liu W, Yang LH, Kong XC, An LK, Wang R. Meta-analysis of osteoporosis: fracture risks, medication and treatment. Minerva Med. 2015;106(4):203-14.
Sanfélix-Genovés J, Reig-Molla B, Sanfélix-Gimeno G, Peiró S, Graells-Ferrer M, Vega-Matrínez M, et al. The population-based prevalence of osteoporotic vertebral fracture and densitometric osteoporosis in postmenopausal women over 50 in Valencia, Spain (The FRAVO Study). Bone. 2010;47(3):610-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.bone.2010.06.015
Minayo MCS. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 29. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
Pinheiro MM, Ciconelli RM, Martini LA, Ferraz MB. Risk factors for recurrent falls among Brazilian women and men: the Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS). Cad Saúde Pública. 2010;26(1):89-96. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2010000100010
Baccaro LF, Machado VSS, Costa-Paiva L, Souza MH, Osis MJ, Pinto Neto AM. Factors associated with osteoporosis in Brazilian women: a population-based household survey. Arch Osteoporos. 2013;8:138. http://dx.doi.org/10.1007/s11657-013-0138-z
Carvalho CM, Fonseca CC, Pedrosa JI. Educação para a saúde em osteoporose com idosos de um programa universitário: repercussões. Cad Saúde Pública. 2004;20(3):719-26. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004000300008
Imai K. Recent methodos for assessing osteoporosis and fracture risk. Recent Pat Endocr Metab Immune Drug Discov. 2014;8(1):48-59.
Perracini MR, Ramos LR. Fatores associados a quedas em uma coorte de idosos residentes na comunidade. Rev Saúde Pública. 2002;36(6):709-16. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102002000700008
Driusso P, Oishi J, Rennó ACM, Ferreira V. Efeitos de um programa de atividade física na qualidade de vida de mulheres com osteoporose. Fisioter Pesqui. 2000;7(1-2):1-9. http://dx.doi.org/10.1590/fpusp.v7i1-2.78942
Navega MT, Aveiro MC, Oishi J. Alongamento, caminhada e fortalecimento dos músculos da coxa: um programa de atividade física para mulheres com osteoporose. Rev Bras Fisioter. 2003;7(3):261-7.
Abrahin O, Rodrigues RP, Marçal AC, Alves EAC, Figueiredo RC, Sousa EC. Natação e ciclismo não causam efeitos positivos na densidade mineral óssea: uma revisão sistemática. Rev Bras Reumatol. 2016;56(4):345-51. https://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2015.09.010
Satterfield T, Johnson SM, Slovic P, Neil N, Schein JR. Perceived risks and reported behaviors associated with osteoporosis and its treatment. J Women Health. 2001;31(4):21-40. https://dx.doi.org/10.1300/J013v31n04_02
Montilla RNG, Aldrighi JM, Marucci MFN. Relação cálcio/proteína da dieta de mulheres no climatério. Rev Assoc Med Bras. 2004;50(1):52-4. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302004000100035
Lanzilotti HS, Lanzilotti RS, Trotte APR, Dias AS, Bornand B, Costa EAMM. Osteoporose em mulheres na pós-menopausa, cálcio dietético e outros fatores de risco. Rev Nutr. 2003;16(2):181-93. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732003000200005
Szejnfeld VL, Jennings F, Castro CHM, Pinheiro MM, Lopes AC. Conhecimento dos médicos clínicos do Brasil sobre as estratégias de prevenção e tratamento da osteoporose. Rev Bras Reumatol. 2007;47(4):251-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042007000400003
Sedlak CA, Dohoney MO, Jones SL. Osteoporosis education programs: changing knowledge and behaviors. 2000;17(5):398-402. https://dx.doi.org/10.1046/j.1525-1446.2000.00398.x