Associação entre sintomas depressivos e disfunção sexual em homens com lesão medular traumática

Conteúdo do artigo principal

Josepha Karinne de Oliveira Ferro
Caroline Palácio da Silva
Daniella Araújo de Oliveira

Resumo

Introdução: A lesão medular acarreta em perda da independência funcional, autonomia e status social. Essa enorme mudança contribui para o aparecimento dos sintomas depressivos nessa população. Objetivo: Avaliar os sintomas depressivos e disfunção sexual em homens com lesão medular traumática, analisando a associação entre eles. Métodos: Estudo observacional, realizado com 44 homens com lesão medular traumática, idade entre 18 e 60 anos, tempo de lesão superior a um ano e vida sexual ativa. O grau de comprometimento neurológico foi avaliado através da versão revisada em 2011 da ASIA Impairment Scale, os sintomas depressivos através do Inventário de Depressão de Beck e a função sexual através do Índice Internacional de Função Erétil. Foram aplicadas técnicas de estatística descritiva e análise bivariada para verificar associação, utilizando um nível de significância de 0,05. Resultados: Os voluntários possuíam média de idade de 34,1 anos, e tempo médio de lesão de 7,7 anos. Todos os indivíduos da amostra tinham nível de lesão acima do segmento medular L2, sendo as incompletas as mais frequentes (68,2%). O tempo médio da última relação sexual foi de 56,5 dias e a frequência semanal de relação sexual foi a mais relatada (65,9%). Da amostra, apenas 17,6% tinham sintomas depressivos, sendo 6,8% com disforia e 6,8% apresentando sintomas leves a moderados. Não foi encontrada associação entre sintomas depressivos e disfunção sexual, exceto para o domínio da disfunção de satisfação geral (p=0,02). Conclusão: Não existe associação entre sintomas depressivos e disfunção sexual em homens com lesão medular crônica.

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Detalhes do artigo

Como Citar
Ferro, J. K. de O., Silva, C. P. da, & Oliveira, D. A. de. (2019). Associação entre sintomas depressivos e disfunção sexual em homens com lesão medular traumática. ABCS Health Sciences, 44(3). https://doi.org/10.7322/abcshs.v44i3.1147
Seção
Artigos Originais
Biografia do Autor

Josepha Karinne de Oliveira Ferro, Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Recife (PE)

Doutoranda em Neurociência no Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e ciência do comportamento. Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco.

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