Fatores de risco e prevalência de enteroparasitoses em Marisqueiras de uma região Lagunar no Nordeste do Brasil
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Resumo
Introdução: As parasitoses intestinais representam um problema de saúde pública mundial. Estão associados inúmeros fatores de risco, bem como atividades laborais específicas. Objetivo: O presente estudo avaliou os fatores de risco e a prevalência de enteroparasitoses em marisqueiras de um bairro da cidade de Maceió, Alagoas, Brasil. Métodos: Procedeu-se um estudo de corte transversal, sendo 41 marisqueiras avaliadas mediante exame parasitológico de fezes e questionário contendo questões discursivas e de múltipla escolha. Foram analisadas também amostras de areia do ambiente de trabalho das mesmas. Resultados: A positividade para pelo menos uma espécie de parasito nas fezes foi de 19,51%. Foram encontradas as espécies patogênicas Giardia lamblia, Trichuris trichiura, Schistosoma mansoni, Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis e da família Ancylostomatidae, e a espécie não patogênica, Entamoeba coli. Poliparasitismo foi diagnosticado em 37,5% dos exames positivos. Um total de 57,14% das amostras de areia continha larvas de ancilostomatídeos. Em relação aos fatores de risco, a baixa escolaridade foi estatisticamente associada à presença de parasitas (p<0,05). Conclusão: É necessário maior investimento na educação básica para aprimorar o conhecimento das formas de prevenção das parasitoses e a promoção de cursos de boas práticas de manipulação de alimentos, a fim de modificar hábitos errôneos já incorporados na comunidade. O saneamento básico também é fundamental para evitar contaminação ambiental.
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