Prevalência e fatores de risco maternos de malformações congênitas em recém-nascidos de Sergipe, Nordeste do Brasil
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Resumo
Introdução: Devido à importância mundial relacionada à morte infantil causada por malformações congênitas, mais estudos são necessários para conhecer a prevalência destas enfermidades servindo de base para medidas de controle mais efetivos. Objetivo: Determinar a prevalência e avaliar fatores de risco materno para malformações congênitas em recém-nascidos. Método: Estudo transversal e retrospectivo na maternidade de referência para gestação de alto risco do estado de Sergipe, Nordeste do Brasil. Os dados foram coletados a partir dos prontuários médicos e declarações de nascido-vivo de 16.518 recém-nascidos entre janeiro de 2014 e dezembro de 2016, sendo incluídos aqueles com malformações congênitas identificadas. Foram utilizados razão de possibilidades, teste de qui-quadrado e exato de Fisher, com p<0,05. Resultados: A população estudada foi composta por 369 recém-nascidos, que corresponde a 2,23% do total de nascimentos, 53,9% do sexo masculino, 47,9% com baixo peso ao nascer e 52,5% com Apgar adequado. Anomalias do sistema musculoesquelético foram as mais prevalentes (30,9%), tendo a polidactilia como a mais frequente (53,5%). O número de consultas de pré-natal, escolaridade e idade gestacional foram os principais fatores de risco maternos observados para as malformações congênitas. As anomalias do sistema circulatório (OR=3,2 IC95% 1,3-7,84), múltiplas malformações (OR=9,24 IC95% 3,07-27,83) e síndromes cromossômicas (OR=2,72 IC95% 1,48-5,01) foram as mais associadas com mortes dos recém-nascidos. Conclusão: O estudo apresenta a prevalência e os fatores de risco relacionados às malformações no estado de Sergipe, e melhorias no cuidado materno e nas variáveis socioeconômicas são importantes para diminuir o número de casos de malformações no Brasil.
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