Condições de saúde bucal de idosos institucionalizados e seus fatores associados
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Resumo
Introdução: O crescimento da população idosa brasileira tem influenciado no aumento da procura por institucionalização para esse público, que costuma apresentar precárias condições de saúde bucal como o edentulismo. Objetivo: Caracterizar as condições de saúde bucal e verificar as variáveis relacionadas ao edentulismo de idosos institucionalizados, além verificar a relação do tempo de institucionalização com a saúde bucal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com 512 idosos institucionalizados em que o perfil sociodemográfico, as condições gerais de saúde e os cuidados e condições de saúde bucal foram avaliados por meio de exames clínicos, consultas a prontuários e questionários estruturados. Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences por meio dos testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher e um modelo de regressão logística com nível de confiança de 95%. Resultados: Observou-se alto CPOD (29,4), alta prevalência de edentulismo total (61,3%), alta necessidade de reabilitação oral maxilar (73,6%) e mandibular (56,8%). O edentulismo esteve associado a maior idade (p<0,001), menor escolaridade (p<0,001) e ausência de aposentadoria (p=0,031). Verificou-se que o maior tempo de institucionalização permaneceu associado ao edentulismo mesmo quando ajustado por variáveis sociodemográficas e de saúde geral (p=0,013). Além disso, também esteve associado à ausência de escovação (p=0,024) e menor frequência de escovação de dentes, gengivas e próteses (p<0,001). Conclusão: Sugere-se estabelecer rotinas de atenção à saúde bucal nas instituições de longa permanência para a manutenção efetiva da saúde bucal ao longo do tempo de institucionalização.
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