Home office e desfechos na saúde de adultos do Sul do Brasil
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Resumo
Introdução: Durante a pandemia de Covid-19, o home office foi de suma importância para a continuidade das funções laborais e manutenção econômica domiciliar. Todavia, essa prática parece ser capaz de influenciar consideravelmente a vida da população. Objetivo: Avaliar a associação entre a realização de home office durante a pandemia de Covid-19 e desfechos de saúde, em dois municípios do Sul do Brasil. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, realizado entre 2020 e 2021, em Criciúma (Santa Catarina) e Rio Grande (Rio Grande do Sul). Indivíduos com 18 anos ou mais de idade, residentes na área urbana, foram elegíveis para o estudo. O processo amostral ocorreu em duas etapas, com a seleção aleatória dos setores censitários e dos domicílios. A variável de exposição foi realização de home office durante a pandemia. Os desfechos estudados foram: sono, atividade física, peso corporal, consumo alimentar, tabagismo e ingestão de álcool. Resultados: Foram estudados 2.170 indivíduos. A prevalência de home office foi de 7,7%, sendo maior em indivíduos com até 49 anos (p<0,001), de cor de pele branca (p=0,036), com ensino superior (p<0,001) e maior índice de bens (p<0,001). Na análise ajustada, o home office foi associado ao aumento da prática de atividade física (RP=1,95; IC95% 1,06-3,58) e de consumo de alimentos saudáveis (RP=2,37; IC95% 1,58-3,54). Conclusão: Esses resultados demonstram que a realização do home office durante a pandemia de Covid-19 teve repercussões positivas sobre alguns desfechos de saúde em adultos da região sul do Brasil.
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