Panorama internacional e nacional da estratégia do tratamento diretamente supervisionado (DOTS) nas políticas de controle da tuberculose

Conteúdo do artigo principal

Aline Santos Ibanês
Nivaldo Carneiro Junior

Resumo

A tuberculose é uma doença infecciosa de grande impacto social causada pelo Mycobacterium tuberculosis. O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) 2010 estima em 14 milhões o número de pessoas com tuberculose no mundo, com concentração crescente nos países com baixo desenvolvimento social. Em 1993, a OMS lançou o Tratamento Diretamente Supervisionado de Curto Prazo (DOTS), considerado a estratégia mais efetiva no controle da tuberculose em grandes proporções. O DOTS foi introduzido no Brasil em 1998, priorizando cidades com altos índices de casos. Estudos afirmam que houve progresso em diagnóstico, tratamento e rastreamento da tuberculose. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura sobre as políticas de controle da tuberculose no mundo e no Brasil, enfatizando a estratégia DOTS. Foram selecionados documentos técnicos da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil e artigos científicos nas bases Pubmed e Scielo, estes últimos publicados entre janeiro de 1993 e janeiro de 2010, utilizando-se os descritores: DOTS-plus, treatment, HIV, tuberculosis e DOTS. Foram selecionados 21 artigos científicos de 178 publicações em periódicos e 11 documentos técnicos. Esta literatura enfatiza as políticas de controle da tuberculose no Brasil, no mundo e sua trajetória. Conclui-se que estratégias como o DOTS demandam longo período de adaptação dos profissionais da saúde e dos governos locais, mas já se observa melhora dos indicadores de controle da tuberculose com essas políticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Ibanês, A. S., & Carneiro Junior, N. (2013). Panorama internacional e nacional da estratégia do tratamento diretamente supervisionado (DOTS) nas políticas de controle da tuberculose. ABCS Health Sciences, 38(1). https://doi.org/10.7322/abcshs.v38i1.5
Seção
Artigos de Revisão
Biografia do Autor

Aline Santos Ibanês, Instituto de Infectologia “Emílio Ribas” da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Departamento de Infectologia do Instituto de Infectologia “Emílio Ribas” da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil.

Nivaldo Carneiro Junior, Faculdade de Medicina do ABC

Disciplina de Saúde Coletiva da FMABC – Santo André (SP), Brasil.

Referências

Iseman MD. Tuberculose. In: Goldman L, Ausiello D. Cecil: tratado de medicina interna. Rio de Janeiro: Elsevier; 2005. v. 2, ed. 22. p. 2211-20.

World Health Organization [Internet]. Facts about tuberculosis. Disponível em: http://www.emro.who.int/stb/Facts-TBHistory.htm. Acesso em: 25 fev. 2009.

World Health Organization. Global Tuberculosis Control Report 2010. Geneva; 2010. p. 1-204.

World Health Organization [Internet]. The Stop TB Strategy: building on and enhancing the DOTs to meet the TB-related Millennium Development Goals. Disponível em: http://whqlibdoc. who.int/hq/2006/WHO_HTM_STB_2006.368_eng.pdf. Acesso em: 13 dez. 2009.

Arcêncio RA. A organização do tratamento supervisionado nos municípios prioritários do estado de São Paulo. Dissertação (Mestrado) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2006. p. 3-34.

TB Alert [Internet]. Stop tuberculosis worldwilde: The UK's National Tuberculosis Charity. Disponível em: http://www.tbalert.org/images/stories/tb%20alert%2010th%20anniversary%20annual%20review%202009.pdf. Acesso em: 22 dez. 2009.

Fundo Global [Internet]. Tuberculose: Brasil. Disponível em: http://www.fundoglobaltb.org.br/site/tuberculose/historia.php?Section=3&SubSection=2. Acesso em: 03 mar. 2009.

Vendramini SHF, Villa TCS, Santos MLSG, Gazetta CE. Aspectos epidemiológicos atuais da tuberculose e o impacto da estratégia DOTS no controle da doença. Rev Latino-Am Enfermagem. 2007;15(1):171-3. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000100025

World Health Organization. Global tuberculosis control: a short update to the 2009 report. Geneva: WHO; 2009. p.1-39.

World Health Organization [Internet]. WHO Report 2011 – Global Tuberculosis Control. Disponível em: http://www.who.int/tb/publications/global_report/2011/gtbr11_full.pdf. Acesso em: 18 jul. 2012. 11. World Health Organization. The global plan to stop TB 2011-2015: transforming the fight towards elimination of tuberculosis. Geneva: WHO; 2011. p. 1-90.

World Health Organization. The global plan to stop TB 2011-2015: transforming the fight towards elimination of tuberculosis. Geneva: WHO; 2011. p. 1-90.

Ruffino-Netto A, Souza AMAF. Reforma do setor saúde e controle da tuberculose no Brasil. Inf Epidemiol SUS. 1999;8(4):35-51.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Nota técnica sobre as mudanças no tratamento da tuberculose no Brasil para adultos e adolescentes. Brasília: MS; 2009. p. 1-6.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Brasília: MS; 1998. p. 34-131.

Ruffino-Netto A. Impacto da reforma do setor saúde sobre os serviços de tuberculose no Brasil. Bol Pneumol Sanit. 1999;7(1):7-18. 16. Ruffino-Netto A. Programa de Controle da Tuberculose no Brasil: situação atual e novas perspectivas. Inf Epidemiol Sus. 2001;10(3):129-38.

Ruffino-Netto A. Programa de Controle da Tuberculose no Brasil: situação atual e novas perspectivas. Inf Epidemiol Sus. 2001;10(3):129-38.

Dalcolmo MP, Andrade MKN, Picon PD. Tuberculose multirresistente no Brasil: histórico e medidas de controle. Rev Saúde Pública. 2007;42(Suppl.1):34-42. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102007000800006

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Brasília: MS; 2004. p. 1-28.

Santos J. Resposta brasileira ao controle da tuberculose. Rev Saúde Pública. 2007;41(Suppl.1):89-94. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102007000800012

World Health Organization [Internet]. Global tuberculosis control – epidemiology, strategy, financing. Disponível em: http://www.who.int/tb/publications/global_report/2009/en/. Acesso em: 1 dez. 2009.

Public Health Watch – Open Society Institute's Public Health Program, Treatment Action Group [Internet]. Civil society perspectives on TB/HIV: highlights from a joint initiative to promote community-led advocacy. Disponível em: http://www.stoptb.org/assets/documents/countries/acsm/highlights_08112006.pdf. Acesso em: 15 dez. 2011.

World Health Organization [Internet]. Tuberculosis country profiles. Disponível em http://www.who.int/tb/country/data/profiles/en/index.html. Acesso em: 15 dez. 2011.

World Health Organization [Internet]. Global Tuberculosis database: coutry profiles: Brazil. Disponível em: http://www.who.int/tb/country/global_tb_database/en/index1.html . Acesso em: 15 dez 2011.

Morrone N, Solha MSS, Cruvinel MC, Morrone Jr. N, Freire JAS, Barbosa ZLM. Tuberculose: tratamento supervisionado "vs." tratamento auto-administrado. Experiência ambulatorial em instituição filantrópica e revisão da literatura. J Pneumol.1999;25(4):198-206.

Salomon JA, Lloyd-Smith JO, Getz WM, Resch S, Sánchez MS, Porco TC, et al. Prospects for advancing tuberculosis control efforts through novel therapies. PLoS Med. 2006;3(8):e273.

Legrand J, Sanchez A, Le Pont F, Camacho L, Larouze B. Modeling the impact of tuberculosis control strategies in highly endemic overcrowded prisons. PLoS One. 2008;3(5):e2100. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0002100

Farmer P, Kim JY. Community based approaches to the control of multidrug resistant tuberculosis: introducing "DOTS-plus". BMJ. 1998;317(7159):671-4. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.317.7159.671

Costa JG, Santos AC, Rodrigues LC, Barreto ML, Roberts JA. Tuberculosis in Salvador, Brazil: costs to health system and families. Rev Saúde Pública. 2005;39(1):122-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102005000100016

Baltussen R, Floyd K, Dye C. Cost effectiveness analysis of strategies for tuberculosis control in developing countries. BMJ. 2005;331:1364. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.38645.660093.68

Garner P, Alejandria M, Lansang MA. Is DOTS-plus a feasible and cost-effective strategy? PLoS Med. 2006;3(9):e350. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pmed.0030350

Suárez PG. First requirement for control of multidrug-resistant TB: realism. Bull World Health Organ. 2002;80(6):495-500.

Pablos-Mendez A, Gowda DK, Frieden TR. Controlling multidrugresistant tuberculosis and access to expensive drugs: a rational framework. Bull World Health Organ. 2002;80(6):489-95.

Kabra SK, Lodha R, Seth V. Category based treatment of tuberculosis in children. Indian Pediatr. 2004;41(9):927-37.

Arora VK. Issues in pediatric tuberculosis under DOTS strategy. Indian Pediatr. 2004;41(9):891-3.

Kabra SK, Lodha R, Seth V. Some current concepts on childhood tuberculosis. Indian J Med Res. 2004;120(4):387-97.

Barroso EC, Mota RMS, Morais MFM, Campelo CL, Barroso JB, Rodrigues JLN. Factors associated with inadequate tratment in a group of patients with multidrug-resistant tuberculosis. J Pneumol. 2003;29(6):350-7.

Kaona FA, Tuba M, Siziya S, Sikaona L. An assessment of factors contributing to treatment adherence and knowledge of TB transmission among patients on TB treatment. BMC Public Health. 2004;4:68. http://dx.doi.org/10.1186/1471-2458-4-68

Harries AD, Hargreaves NJ, Chimzizi R, Salaniponi FM. Highly active antiretroviral therapy and tuberculosis control in Africa: synergies and potential. Bull World Health Organ. 2002;80(6):464-9.