Benefícios sobre a intensidade da dor, qualidade de vida e incapacidade de mulheres com dismenorreia submetidas a exercícios gerais versus método de Pilates: estudo-piloto

Conteúdo do artigo principal

Bruna Cristina Taques Peruzzo
Lisley Sousa Ramalho
Marta Regina Figueiredo
Fábio Marcon Alfieri

Resumo

Introdução: Dismenorreia primária é um distúrbio ginecológico caracterizado por dor relacionada à menstruação, sem causa patológica. Objetivo: Verificar e comparar a intensidade da dor, a incapacidade e a qualidade de vida em mulheres com dismenorreia primária submetidas a exercícios gerais versus Pilates. Métodos: Participaram do estudo 14 mulheres aleatorizadas em grupo de exercícios gerais (19,14±1 anos) e de Pilates (20,57±1,8 anos). Ambos os grupos realizaram duas sessões por semana durante 50 minutos, no período de dois meses e meio, totalizando 20 sessões. O grupo de exercícios gerais realizou alongamentos e fortalecimentos dos músculos abdominais, lombares e assoalho pélvico. O grupo de Pilates, por sua vez, praticou exercícios para conscientização de pelve, com contrações do transverso e reto do abdômen, glúteos, períneo e eretores da coluna. As participantes responderam aos questionários de índice de incapacitação de Oswestry para dor lombar, Escala Visual Analógica (EVA), para medir a intensidade da dor e ao Questionário de Qualidade de Vida SF-36, antes e após a intervenção. Os dados foram considerados estatisticamente significantes quando p<0,05. Resultados: Foram encontradas melhoras significativas após a intervenção em ambos os grupos, em todas as avaliações. Em relação à diferença entre os grupos, na avaliação sobre a incapacitação para dor lombar, o  grupo de exercícios gerais teve melhor resultado (p<0,003) do que o grupo de Pilates, assim como no domínio de estado da saúde (0,03) do Questionário SF-36. Conclusão: A prática de exercícios físicos gerais e Pilates por mulheres com dismenorreia podem reduzir a dor e a incapacidade e melhorar a qualidade de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Peruzzo, B. C. T., Ramalho, L. S., Figueiredo, M. R., & Alfieri, F. M. (2015). Benefícios sobre a intensidade da dor, qualidade de vida e incapacidade de mulheres com dismenorreia submetidas a exercícios gerais versus método de Pilates: estudo-piloto. ABCS Health Sciences, 40(1). https://doi.org/10.7322/abcshs.v40i1.696
Seção
Artigos Originais

Referências

Osayande AS, Mehulic S. Diagnosis and initial management of dysmenorrhea. Am Fam Physician. 2014;89(5):341-6.

Proctor ML, Farquhar CM. Dysmenorrhoea. BMJ Clin Evid. 2007;2007:0813.

Proctor M, Farquhar C. Diagnosis and management of dysmenorrhoea. BMJ. 2006;332(7550):1134-8. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.332.7550.1134

Sahin S, Ozdemir K, Unsal A, Arslan R. Review of frequency of dysmenorrhea and some associated factors and evaluation of the relationship between dysmenorrhea and sleep quality in university students. Gynecol Obstet Invest. 2014;78(3):179-85. http://dx.doi.org/10.1159/000363743

Durain D. Primary dysmenorrhea: assessment and management update. J Midwifery Womens Health. 2004;49(6):520-8. http://dx.doi.org/10.1016/j.jmwh.2004.08.013

Diegoli MS, Diegoli CA. Dismenorréia. RBM. 2007;64(3):81-7.

Quintana LM, Heinz LN, Portes LA, Alfieri FM. Influência do nível de atividade física na dismenorréia. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2010;15(2):101-4.

Ikeda F, Salomão AJ, Ramos LO. Dismenorréia primária. RBM. 1999;56(12):215-25.

Souza JB. Poderia a atividade física induzir analgesia em pacientes com dor crônica? Rev Bras Med Esporte. 2009;15(2):145-50. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000200013

Mcardle WD, Katch FI, Victor L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008. p. 695.

Wells C, Kolt GS, Bialocerkowski A. Defining Pilates exercise: a systematic review. Complement Ther Med. 2012;20(4):253-62. http://dx.doi.org/10.1016/j.ctim.2012.02.005

Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999;39(3):143-50.

Vigatto R, Alexandre NM, Correa Filho HR. Development of a Brazilian Portuguese version of the Oswestry Disability Index: cross-cultural adaptation, reliability, and validity. Spine. 2007;32(4):481-6. http://dx.doi.org/10.1097/01.brs.0000255075.11496.47

Chapman CR, Syrjala KL. Assessment of pain. In: Bonica JJ, Chapman CR, Fordyce WE, Loeser JD, eds. The management of pain in clinical practice. 2 ed. Philadelphia: Lea & Febiger; 1990. p. 580-94.

Sultan C, Gaspari L, Paris F. Adolescent dysmenorrhea. Endocr Dev. 2012;22:171-80. http://dx.doi.org/10.1159/000331775

Billig Jr HE. Dysmenorrhoea: the result of a postural defect. Arch Surg. 1943;46(5):611-3. http://dx.doi.org/10.1001/archsurg.1943.01220110027007

Sebek V, Lewit K. [Indications for exercise and neuro-orthopedic therapy in cases of menstrual pain]. Cesk Gynekol. 1966;31(10):754-5.

House JM. Report on exercises for dysmenorrhoea. Occup Health (Lond). 1969;21(1):31-4.

Timonen S, Procopé BJ. Premenstrual syndrome and physical exercise. Acta Obstet Gynecol Scand. 1971;50(4):331-7.

Daley AJ. Exercise and primary dysmenorrhoea: a comprehensive and critical review of the literature. Sports Med. 2008;38(8):659-70.

Jahromi MK, Gaeini A, Rahimi Z. Influence of a physical fitness course on menstrual cycle characteristics. Gynecol Endocrinol. 2008;24(11):659-62. http://dx.doi.org/10.1080/09513590802342874

Brown J, Brown S. Exercise for dysmenorrhoea. Cochrane Database Syst Rev. 2010;7(2):CD004142. http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD004142.pub2

Israel R, Sutton M, O’Brien K. Effects of aerobic training on primary dysmenorrhoea symptomology in college females. J Am Coll Health. 1985;33(6):241-4.

Rakhshaee Z. Effect of three yoga poses (cobra, cat and fish poses) in women with primary dysmenorrhea: a randomized clinical trial. J Pediatr Adolesc Gynecol. 2011;24(4):192-6. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpag.2011.01.059

Cornélio AM, Siqueira VP, Botelho SP, Branco M. Estudo comparativo entre a estimulação elétrica nervosa transcutânea e cinesioterapia na analgesia em pacientes com dismenorreia primária. Fisio Brasil. 2006;10(76):27-33.

Cruz-Ferreira A, Fernandes J, Laranjo L, Bernardo LM, Silva A. A systematic review of the effects of pilates method of exercise in healthy people. Arch Phys Med Rehabil. 2011;92(12):2071-81. http://dx.doi.org/10.1016/j.apmr.2011.06.018

Araújo LM, Silva JM, Bastos WT, Ventura PL. Diminuição da dor em mulheres com dismenorreia primária, tratadas pelo método Pilates. Rev Dor. 2012;13(2):119-23. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-00132012000200004

Culligan PJ, Scherer J, Dyer K, Priestley JL, Guingon-White G, Delvecchio D, et al. A randomized clinical trial comparing pelvic floor muscle training to a Pilates exercise program for improving pelvic muscle strength. Int Urogynecol J. 2010;21(4):401-8. http://dx.doi.org/10.1007/s00192-009-1046-z

Sonenreich C, Kerr CF, Estevão G. Doenças afetivas. São Paulo: Manole; 1991.

Unsal A, Ayranci U, Tozun M, Arslan G, Calik E. Prevalence of dysmenorrhea and its effect on quality of life among a group of female university students. Ups J Med Sci. 2010;115(2):138-45. http://dx.doi.org/10.3109/03009730903457218

Barnard K, Frayne SM, Skinner KM, Sullivan LM. Health status among women with menstrual symptoms. J Womens Health (Larchmt). 2003;12(9):911-9. http://dx.doi.org/10.1089/154099903770948140