Idosos, Infecções Sexualmente Transmissíveis e aids: conhecimentos e percepção de risco
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Resumo
Introdução: No contexto das doenças crônicas transmissíveis, a pandemia da aids vem gerando discussões em âmbito internacional sobre as formas de controlar seu avanço, inclusive na população idosa, a qual apresenta incidência considerável de casos. Objetivo: Investigar o conhecimento e verificar a percepção de risco de idosos quanto à contaminação por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e HIV. Métodos: Trata-se de estudo descritivo de natureza quantitativa realizado com 55 idosos participantes de grupos em duas unidades de saúde da família interligadas à rede-escola. Resultados: A maioria dos idosos era entre 60–70 anos, sexo masculino, casados, católicos, com o nível fundamental incompleto. Além disso, 40% dos idosos citaram o uso do preservativo como principal método de prevenção às infecções sexuais, 21,9% responderam que o HIV é transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato sexual e 38,2% citaram que a doença não tem cura. Sobre a percepção de risco, 76,4% referiram que não tinham nenhuma possibilidade de adquirir Infecções Sexualmente Transmissíveis ou HIV. Tal fator pode contribuir para que essa população se considere pouco vulnerável à contaminação ou não se perceba em risco, o que os torna susceptíveis ao perigo da infecção, favorecendo o aumento do índice de idosos infectados no cenário nacional. Conclusão: Cabe aos organismos governamentais e não governamentais investir em práticas educativas, onde idosos possam ser inseridos em um ambiente que aborde a sexualidade, proporcionando maior segurança e qualidade de vida aos nossos cidadãos.
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