Terapia do riso como instrumento para o processo de cuidado na ótica dos acadêmicos de enfermagem

Conteúdo do artigo principal

Milena Oliveira Coutinho
Indiara Campos Lima
Rodrigo Almeida Bastos

Resumo

Introdução: O humor é uma estratégia de enfrentamento do estresse, mostrando sentimentos que geralmente são difíceis de expressar e que ajudam a lidar com o medo e as preocupações, evitando conflitos e aliviando a tensão. A terapia do riso pode ser utilizada como ferramenta terapêutica do humor, enfatizando a humanização do cuidado e promovendo melhora orgânica e emocional. Objetivo: Este estudo objetivou verificar a utilização e os benefícios da terapia do riso na ótica dos estudantes de enfermagem da Universidade Estadual de Feira de Santana. Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico descritivo. A amostra foi constituída de 70 estudantes, sendo utilizado questionário individual, autoaplicável e pré-testado, composto de questões fechadas e abertas, que incluem variáveis sociodemográficas e relacionadas à terapia do riso, para que o aluno expresse sua crença sobre a terapia do riso. Resultados: População predominantemente feminina, solteira e sem trabalho formal. Verificou-se que a maioria dos acadêmicos que cursaram a disciplina “Terapêuticas não Convencionais” conhecia e descreveu os benefícios da terapia do riso, sendo que um pequeno percentual dos que cursaram puderam presenciar ou utilizaram essa terapia. Foram observados no cliente benefícios como: elevação da autoestima, melhora da receptividade dos procedimentos, diminuição álgica e melhora do quadro clínico. Conclusão: Observou-se a necessidade de propagar, principalmente no âmbito acadêmico, a utilização de terapias integrativas como a terapia do riso, enquanto instrumento para o cuidar em enfermagem, visto que essa prática melhora a interação entre o enfermeiro e o cliente, e favorece a humanização do ambiente hospitalar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Coutinho, M. O., Lima, I. C., & Bastos, R. A. (2016). Terapia do riso como instrumento para o processo de cuidado na ótica dos acadêmicos de enfermagem. ABCS Health Sciences, 41(3). https://doi.org/10.7322/abcshs.v41i3.906
Seção
Artigos Originais

Referências

Quirino DD, Collet N, Neves AFGB. Hospitalização infantil: concepções da enfermagem acerca da mãe acompanhante. Rev Gaúcha Enferm. 2010;31(2):300-6. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472010000200014

Giuliano RC, Silva LMS, Orozimbo NM. Reflexões sobre o "brincar" no trabalho terapêutico com pacientes oncológicos adultos. Psicol Cienc Prof. 2009;29(4):868-79. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932009000400016

Mitre RMA, Gomes R. A promoção do brincar no contexto da hospitalização infantil como ação de saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2004;9(1):147-54. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232004000100015

Lima RAG, Azevedo EF, Nascimento LC, Rocha SMM. A arte do teatro Clown no cuidado às crianças hospitalizadas. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(1):186-93. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000100024

Souza EL, Grassi-Oliveira R, Brietzke E, Sanvicente-Vieira B, Daruy-Filho L, Moreno RA. Influence of personality traits in coping skills in individuals with bipolar disorder. Rev Psiquiatr Clín. 2014;41(4):95-100. http://dx.doi.org/10.1590/0101-60830000000019

Matraca MVC, Wimmer G, Araújo-Jorge TC. Dialogia do riso: um novo conceito que introduz alegria para a promoção da saúde apoiando-se no diálogo, no riso, na alegria e na arte da palhaçaria. Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(10):4127-38. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011001100018

Araújo MM, Silva MJ. A comunicação com o paciente em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo. Rev Esc Enferm USP. 2007;41(4):668-74. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342007000400018

Ribeiro JP, Gomes GC, Thofehrn MB. Ambiência como estratégia de humanização da assistência na unidade de pediatria: revisão sistemática. Rev Esc Enferm USP. 2014;48(3):530-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420140000300020

Luchesi A, Cardoso FS. Terapia do riso - um relato de experiência. Rev Eletr Fac Evang Paraná. 2012;2(1):11-20.

Ballone GJ, Pereira Neto E, Ortoloni IV. Da emoção à lesão: um guia de Medicina Psicossomática. São Paulo: Manole; 2007.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196/96: Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 1996.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 466/12: Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

Otani MAP, Barros NF. A Medicina Integrativa e a construção de um novo modelo na saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(3):1801-11. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011000300016

Holden R. Rir ainda é o melhor remédio. São Paulo: Butterfly; 2005.

Freitas NA, Silva ALF, Sousa RR, Oliveira CF, Mesquita AMP, Oliveira BN. Laugh therapy practice in hospital care: reflections from interdisciplinary experience. Sanare. 2013;12(1):54-8.

Fassarella CS, Bueno AAB, Lemos ACM, Vieira GO, Amaral MFN. A terapia do riso como uma alternativa terapêutica. Rev Cuid Saúde. 2012;6(2):1-9.

Morais GSN, Costa SFG. Experiência existencial de mães de crianças hospitalizadas em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(3):639-46. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000300020

Pinto JP, Ribeiro CA, Silva CV. Procurando manter o equilíbrio para atender suas demandas e cuidar da criança hospitalizada: a experiência da família. Rev Latino-Am Enfermagem. 2005;13(6):974-81. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692005000600009