É possível estabelecer uma linha de tempo de reformas curriculares no curso de Medicina da Faculdade de Medicina do ABC?

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David Feder

Resumo

Introdução: A Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) foi criada em 1969, em um período de grande expansão do ensino privado, com dois anos de ciclo básico, três anos de ciclo clínico e um de internato. Ao longo dos primeiros anos da Faculdade ocorreu um aumento progressivo do número de disciplinas e do tempo de internato para dois anos. Relato de experiência: Em 1999, iniciou‑se a discussão da reforma curricular, implantada em 2002, seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2001, visando a integração das disciplinas e maior consistência no futuro desempenho dos graduados. Houve a criação de espaços para conteúdos multidisciplinares, favorecendo a integração das diversas disciplinas, incluindo temas humanísticos. Com a inclusão da Faculdade no Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró‑Saúde), em 2015, acentuaram‑se as reformas curriculares, estimulando a integração do trabalho interdisciplinar e multiprofissional no sentido de aproximar academia, gestão, profissionais de saúde e comunidade. A partir de 2008, optou‑se pela visão sistêmica, pelos ciclos de vida e pela introdução do Objective Structured Clinical Examination (OSCE). A partir de 2013, modificações no currículo visaram a integração do conteúdo das disciplinas do ciclo básico em módulos e o início das disciplinas do ciclo clínico a partir do segundo ano, para que o internato tivesse a duração de dois anos e meio em 2016. Com a publicação das novas DCN, em 2014, novas modificações deverão ser obrigatoriamente introduzidas no curso. Conclusão: A reforma curricular é um processo contínuo que demanda reflexão e reestruturação constante do curso. A formação dos nossos graduados tem se mostrado adequada. As nossas avaliações externas nos tranquilizam de que estamos no caminho correto.

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Como Citar
Feder, D. (2015). É possível estabelecer uma linha de tempo de reformas curriculares no curso de Medicina da Faculdade de Medicina do ABC?. ABCS Health Sciences, 40(3). https://doi.org/10.7322/abcshs.v40i3.817
Seção
Relatos

Referências

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