Ensino da saúde coletiva na Faculdade de Medicina do ABC: alguns apontamentos sobre os desafios da Saúde Coletiva na formação médica
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Resumo
Introdução: A saúde coletiva, campo de saberes e práticas sobre o processo saúde‑doença‑cuidado, leva às graduações em saúde questões teórico‑metodológicas e tecnologias de intervenções ao exercício profissional. Historicamente, posiciona‑se à margem do projeto político‑pedagógico da formação em saúde, particularmente médica, de modelo biologizante e hospitalocêntrico. De acordo com a Constituição de 1988, Saúde é um Direito Social e o Sistema de Saúde, público e universal. Surgem formulações às políticas educacionais e saúde. É competência do Sistema Único de Saúde (SUS) ordenar a formação de recursos humanos. As Diretrizes Curriculares Nacionais para as graduações em saúde apontam perfis profissionais voltados às necessidades de saúde da população, exigindo novas metodologias de ensino‑aprendizagem e cenários de práticas pedagógicas. Nessa perspectiva, o ensino da saúde coletiva emerge com importância singular. Relato de Experiência: A saúde coletiva na Medicina da Faculdade de Medicina do ABC era grade de disciplinas básicas do 2º ano. Um novo currículo modifica essa inserção. Até 2013, disciplina anual, em 3 módulos: epidemiologia, bioestatística e políticas e organização de serviços de saúde. Temas de ciências sociais e humanas desenvolviam‑se no 1º ano, módulo interdisciplinar Bases do Exercício Profissional. A grande concentração, nesse período, das disciplinas de morfologia e fisiologia, aproximações incipientes nos serviços de saúde e baixa exposição aos problemas de adoecimento e cuidado da população desafiavam o ensino‑aprendizagem da saúde coletiva. Conclusão: Desenvolveram‑se estratégias pedagógicas que superassem esse contexto, propiciando experiências cognitivas e habilidades psicomotoras favoráveis à apreensão dos conteúdos da saúde coletiva. Resultados positivos do exame recente do Conselho Regional de Medicina fortalecem essas iniciativas pedagógicas.
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